JSON prioriza simplicidade e tipagem explícita, reduzindo ambiguidade e bugs.
A sintaxe do JSON é mínima e previsível: chaves, colchetes e vírgulas, com apenas meia dúzia de tipos primitivos — sem inferência mágica. Isso evita as surpresas comuns de YAML, onde strings como “on” ou “yes” podem virar booleanos dependendo da versão e do parser. A estrutura por delimitadores torna diffs, merges e revisões de código mais diretos, diminuindo o atrito em code reviews. Resultado: menos tempo caçando bugs de serialização e mais tempo entregando valor.
JSON é mais seguro por padrão para dados não confiáveis.
JSON é “data-only”: não tem execução de tags, âncoras ou objetos especiais, o que reduz o risco de desserialização perigosa. Em contraste, o ecossistema YAML já sofreu incidentes ligados a loaders inseguros, especialmente quando opções “unsafe” foram usadas por conveniência. Em pipelines, webhooks e integrações onde o input vem de terceiros, a superfície de ataque menor do JSON é um diferencial real. Você ganha tranquilidade operacional sem precisar de malabarismos de configuração.
JSON entrega desempenho previsível e alto throughput de parsing.
Parsers nativos (JSON.parse no browser, bibliotecas padrão em runtimes) são altamente otimizados; implementações modernas como simdjson atingem escalas de gigabytes por segundo em CPUs atuais. A gramática simples favorece streaming, zero-copy e baixo overhead de alocação, reduzindo latência e custo de CPU em serviços de alta taxa. YAML, por sua complexidade e necessidade de retrocesso, tende a ser mais custoso de parse e menos amigável a pipelines de streaming. Em workloads de APIs e logs, essa diferença se traduz em economia direta de recursos e maior throughput.
O ecossistema de ferramentas do JSON é universal: APIs, validação e contratos funcionam melhor.
JSON é a língua franca da web; suporte first-class existe em praticamente todas as linguagens, bancos, brokers e plataformas de nuvem. JSON Schema e OpenAPI viabilizam validação robusta, geração de código e contratos versionáveis — essenciais em equipes grandes e CI/CD. Mesmo onde YAML é popular (como em Kubernetes), quase sempre o mesmo endpoint aceita JSON, evidenciando que o “core” interoperável é o JSON. Isso reduz fricção entre times, encurta ciclos de integração e evita dependências de parsers exóticos.